sábado, 24 de abril de 2010

Auschwitz

Antes de sairmos da Polonia em direcao a Praga na Rep. Checa fomos conhecer o famoso campo de concentracao de Auschwitz. Sao dois campos (Auschwitz I e Auschwitz II) e localizam-se no território dos municípios de Auschwitz e Birkenau, versões em língua alemã para os nomes polacos de Oświęcim e Brzezinka, respectivamente. Estao a cerca de 2km um do outro. Existe ainda Auschwitz III que era um campo de concentracao auxiliar mas nao esta aberto para visitacao.
Auschwitz eh como o clima de la: frio e cinzento. Ao mesmo tempo em que eh triste e chamativo a reflexao. Nos remete a tudo que aprendemos nas aulas de historia, ja lemos em livros e vimos em filmes. As lembrancas do que ocorreu la estao em todas as partes. O silencio eh permanente. Eh impossivel caminhar por la e nao imaginar o sofrimento dos judeus e tambem nao judeus aprisionados la.
Visitar Auschwitz eh facil e gratuito. Eh possivel fazer o tour com um guia (pago) ou fazer individual. Optamos por fazer individual apenas seguindo o mapa muito bem elaborado com um otimo conteudo explicativo que nos custou certa de 1 real.
No inicio da visita a primeira grande mentira nazista: no portao de entrada a Auschwitz I a frase "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta). Talvez uma ironia ao trabalho forçado ao qual os prisioneiros eram submetidos ou uma forma de camuflar as barbaries cometidas naquele lugar.

Auschwitz I hoje eh um museu. Em cada pavilhao esta uma parte da historia de tudo que ocorreu la. Estao expostos cabelos de pessoas exterminadas la, pertences pessoais e ateh o famoso "pijama listrado" que servia como um uniforme para eles. Tambem eh possivel ver como eram os dormitorios (no inicio em colchoes largados no chao e depois em beliches), os banheiros e os lavatorios.






Dentre todos pavilhoes visitados o que mais chamou atencao foi o 11 (Pavilhao da Morte). Nesse pavilhao prisioneiros que cometiam atos de indisciplina eram julgados, presos, torturados e quando condenados a morte eram fuzilados. O fuzilamento se dava ao lado em um paredao que ateh hoje esta exposto la.


Nas limitacoes do campo ainda encontra-se em otimo estado de conservacao as cercas eletricas, os postes de iluminacao e as torres de controle.




A cozinha localizada no centro do campo tambem chama atencao. Principalmente por em sua frente estar as bases utilizadas para enforcamento em massa, as chamadas execucoes publicas. Em frente esta a Praça do Reconto onde, durante as chamadas, a SS verificava o numero de prisioneiros no campo.



Terminamos Auschwitz I com a parte mais triste e sombria que o campo poderia nos reservar. Chegamos a camara de gas utilizada enquanto Auschwitz II nao havia sido construido e aos encineradores onde os corpos eram queimados apos a execucao. O local ainda encontra-se muito bem conservado e os encineradores que haviam sido destruidos foram reconstruidos para que os visitantes pudessem ter a real ideia de como tudo funcionava.


Finalizamos a primeira parte e seguimos para Auschwitz II (Birkenau). Era o campo de exterminio de Auschwitz e la morreram mais de 1 milhao de pessoas. Grande e repleto de pavilhoes este campo chegou a abrigar mais de 100mil prisioneiros em um dado momento. O principal objetivo deste campo ao contrario de Auschwitz I era exterminar. Para cumprir esse objetivo, equipou-se o campo com quatro crematórios e câmaras de gás. Cada câmara de gás podia receber até 2.500 prisioneiros por turno. O extermínio em grande escala começou na primavera de 1942.
Logo na chegada ao campo o "cartao postal" do local. O portao de entrada e o trilho de trem tao visto em filmes. O local onde os prisioneiros desembarcavam e passavam por uma triagem. Normalmente e infelizmente, neste campo, quase todos que chegavam cedo ou tarde morreriam.




As câmaras de gás do Birkenau foram destruídas pelos nazistas em novembro de 1944 com a intenção de esconder as atividades do campo das tropas soviéticas. Por isso em Birkenau nao eh possivel conhecer as camaras de gas nem os fornos. O que resta la sao ruinas do que um dia foram as camaras de gas. Ao lado ainda esta la o lago das cinzas onde eram jogadas as cinzas das pessoas la exterminadas e queimadas. Entre as ruinas dos crematorios encontra-se o Monumento Internacional em Memoria das Vitimas de Fascismo em Auschwitz, inaugurado em 1967.





Em 1945 os nazistas iniciaram uma evacuação do campo. A maioria dos prisioneiros deveria partir para o oeste. Aqueles muito fracos para caminhar foram deixados para trás. Perto de 7.500 prisioneiros foram liberados pelo Exército Vermelho em 27 de janeiro de 1945.

Auschwitz encerra o topico Segunda Guerra de nossa viagem. Comecamos em Amsterdam visitando a casa de Anne Frank, judia e prisioneira. Passamos por Berlim, repleta de historia por todos os lados. Simbolo da ascensão e queda nazista. E terminamos em Auschwitz, o mais famoso campo de concentracao.

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